sexta-feira, 23 de julho de 2010

um sonho quase vagabundo

Com doze anos, ela tinha uma máquina de escrever, uma bicicleta pesada do pai e uma imaginação que só Deus sabe.
a máquina era uma nave espacial de onde saiu seu primeiro romance mirabolante.
a bicicleta, um cavalo galopante.
e a menina aí do lado era ela e seu futuro brilhante.

[Fernanda]

domingo, 4 de julho de 2010

ela, pequenina demais para se esconder?
um filhotinho ainda, de asas peladas, de bico aberto,
barulhento, agitado, num ninho quentinho tão fora do mundo...
lá no alto de uma árvore densa
de onde ninguém a distingue no meio de tantos cantos roucos.

[...]pobre filhotinho esfomeado de olhos rasgados pousados no céu [...]