sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sinto saudade. Sinto, simplesmente. Sinto como vertigem ou doença crônica. Como enxaqueca. Sinto saudade. E não tem motivo certo, não tem lembrança certa. Eu só sinto: palpitando no peito, fechando a garganta, como quando o ônibus vai deixando longe os braços dos que acenam. E sinto-na como quem parte de um porto a outro todos os dias, deixando-os para trás: os dias. Acho que sinto saudade dos dias. Dias que me somam sempre que maio chega. 










[Fernanda]

Um comentário:

Instinto Coletivo disse...

Adoro suas poesias minha poeta! Te amo!